O desconforto faz parte do crescimento

Crescer dói… Todos nós, quando éramos crianças, experimentamos a dor do crescimento. Depois ficamos adultos, e tomamos aquela “decisão sensata”: ir treinar em uma academia. Novamente nossos músculos doem.  

Essa sensação desconfortável, mas importante, também acontece quando tentamos fazer coisas novas e nos desafiamos a crescer. Experimentamos o equivalente psicológico da dor física quando decidimos mudar nossas vidas. São sentimentos de nervosismo ou medo, explosões de estresse e sentimentos de decepção principalmente quando as coisas não dão certo. 

A dor do crescimento doeu em mim

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Quando comecei a construir a ideia de montar uma Clínica de Psicologia, tive que aprender a ficar bem com o desconforto de ser um empresário iniciante. O desconforto de saber que não iria acertar as coisas de primeira (talvez nem de segunda).

O desconforto de saber que, independentemente de quantos livros eu já tinha lido, cursos que eu tinha feito e dicas que eu garimpasse na internet, minha clínica levaria tempo para se tornar o que eu gostaria que ela fosse, e que seria necessário prática, paciência, aprendizado e crescimento para chegar lá.

Era também o incômodo de saber que a cada novo passo que eu dava em direção ao meu sonho as coisas mudavam e evoluíam, sem o meu controle. E o desafio de crescer permanecia uma constante.

Trocando em miúdos, eu estava com medo de não dar certo, mas também com esperança de aqueles problemas típicos dos novos desafios seriam vencidos. Principalmente se eu perseverasse e confiasse que, independentemente do resultado, meu trabalho e esforço nunca seria desperdiçados. Porque tudo o que eu fazia me ensinava a ser um profissional melhor.

Como diminuir o desconforto

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Está aí o nosso grande aprendizado:

O desconforto diante dos desafios só diminui quando permitimos que esse mesmo desconforto nos incomode. Precisamos ter calma, as dificuldades passam e os aprendizados ficam.

Freqüentemente, confundimos as dificuldades que enfrentamos na vida como se estivéssemos fazendo algo errado. Pensamos que não somos bons o suficiente ou não temos o que é preciso para alcançar as nossa metas. Às vezes, aceitamos o desconforto e o tomamos como um sinal de que não devemos seguir em frente. Ou que esse sonho que tanto desejamos perseguir não é para nós. Então, paramos, hesitamos e ficamos presos.

O problema é que nos abrimos a incerteza, sempre que ousamos buscar o que é significativo para nós e começamos a fazer algo novo, algo fora de nossa rotina ou fora de nossa zona de conforto. Perguntas começam a nos assombrar: Serei capaz de fazer isso? Será que vai dar certo? Será que vai valer a pena? E se não funcionar?

Sei que ninguém gosta da incerteza; portanto, quando confrontados com ela, nossos mecanismos de defesa entram em ação.

Abrace o desconforto e dor do crescimento

A chave é aprender a distinguir entre as dores do crescimento e uma lesão repetida por estresse. Ou seja, precisamos reconhecer: quando a dúvida se transforma em perfeccionismo e medo do fracasso, e quando a decepção se transforma em autocrítica e depreciação. 

Abrace o desconforto que aparece da ousadia de avançar em direção ao seus objetivos. Assim você terá a alegria de ser a pessoa que quer ser e viverá a vida de acordo com o que realmente deseja.

Respostas de 6

  1. Precisamos da coragem para enfrentar…

    Excelente texto, principalmente por se tratar da sua história de vida.

    Muito obrigado!

  2. Adorei o Texto de sua autoria Luiz César .
    Eu sou insegura com as mudanças .
    Como você disse . Falta-me coragem de me
    Jogar em um projeto e não dar certo .
    Fico estacionada na minha zona de segurança.
    Isso me Leva a não me sentir muito feliz .
    Às vezes me deixo levar pela vontade dos outros.
    Obrigada pelos ensinamentos que obtive aqui
    nesse Texto.
    Obrigada.
    Um grande abraço.

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